O portal de notícias saudita Al Arabiya afirmou neste domingo (19)， por volta das 16h15 no horário local (11h15 em Brasília)jogo de ganhar dinheiro do tigrinho， que o grupo terrorista Hamas entregou três reféns que vinha mantendo há cerca de 15 meses na Faixa de Gaza à Cruz Vermelha. A entrega foi confirmada pelo premiê de Israel， Binyamin Netanyahu .

As três reféns em questão são Romi Gonen， 24， Doron Steinbrecher， 28， e Emily Damar， 31. Elas são as primeiras a serem soltas pelo grupo terrorista no dia inicial do cessar-fogo entre ele e o Estado judeu que entrou em vigor às 11h15 do horário local (6h15 no horário de Brasília).

jogo do tigre Da esq. p/ dir.， Emily Damari， Doron Steinbrecher e Romi Gonen， as três primeiras reféns libertadas pelo Hamas no primeiro dia de cessar-fogo - Tomer Appelbaum/Bring Them Home/via Reuters

Em troca de cada uma， 30 palestinos mantidos em prisões israelenses devem ser libertados.

Segundo o jornal The Times of Israel， cerca de 200 pessoas se reuniram na praça dos Reféns， em Tel Aviv， para assistir às notícias do momento em um telão. Eles aplaudiram quando a emissora pública Kan News， citando uma fonte do governo israelense， informou que a troca de reféns estava prestes a ter início.

Romi Gonen， 24， sequestrada pelo Hamas no festival Supernova no dia 7 de outubro de 2023 - Arquivo pessoal da família Gonen/via Reuters Romi Gonen， 24

Foi sequestrada no Supernova， festival de música eletrônica que acontecia no deserto de Negev， sul de Israel， em 7 de outubro de 2023. Em entrevista à Folha， a mãe de Romi， Meirav Leshem Gonen， conta que acompanhou a filha por telefone até o momento em que terroristas a levaram.

A notícia mais recente que Merav havia tido de Romi foi durante a trégua ocorrida em novembro passado. Segundo ela， sua filha deveria ter sido libertada naquela semana， mas o cessar-fogo acabou sendo interrompido antes que isso pudesse acontecer， em 1º de dezembro.

Na ocasião， uma das pessoas que tinham sidos soltas disse a Meirav que Romi estava na rede de túneis mantida pelo Hamas debaixo de Gaza.

A consultora de negócios de 54 anos descreveu a filha como uma pessoa que estava sempre cercada de amigos e lutando pelo que é justo. "Às vezes digo que eles cometeram um grande erro ao sequestrá-la"， disse. "Tenho certeza de que ela está infernizando a vida deles. Tenho esperança de que ela esteja."

jogo do tigre aposta Doron Steinbrecher， enfermeira veterinária sequestrada pelo Hamas em seu apartamento， no kibutz Kfar Aza， no dia 7 de outubro de 2023 - Cortesia do Bring Them Home Now/via Reuters Doron Steinbrecher， 31

A enfermeira veterinária estava em seu apartamento quando terroristas do Hamas invadiram o kibutz Kfar Aza —ela vivia em uma área da comunidade voltada para os moradores mais jovens e solteiros. No total， 11 pessoas foram mortas e 7 foram sequestradas no local.

O jardim da casa de seus pais， também em Kfar Aza， foi transformado em uma espécie de quartel-general pelo Hamas， mas os terroristas nunca entraram na casa deles. A família de Doron manteve contato com ela durante toda a manhã do ataque， até o momento em que ela foi levada pelo Hamas.

Lá Fora

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"Naquele sábado， estávamos em casa no kibutz. Ela ligou e disse que podia ouvir os terroristas tentando entrar em sua casa. Ouvimos uma mistura de vozes， e então seu telefone ficou mudo. Quando tudo acabou e as forças de segurança chegaram à casa dela， não encontraram corpo ou sangue. Entendemos que ela havia sido levada"， disse Simona， mãe de Doron， ao jornal israelense Haaretz.

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Em janeiro de 2024， pouco depois da marca de cem dias de guerra， o Hamas divulgou um vídeo em que Doron aparece ao lado de duas outras reféns， Daniella Gilboa e Karina Ariev.

Após assistir a ele， a irmã de Doron， Yamit Ashkenazi， disse ao Haaretz: "Nós a vemos viva， mas seus olhos dizem tudo. Você pode ver a dificuldade， a magreza; ela está pálida. Não sabemos se ela recebeu sua medicação ou não."

Emily Damari， britânico-israelense sequestrada pelo Hamas no dia 7 de outubro de 2023 - Cortesia do Bring Them Home Now/via Reuters Emily Damari， 28

A cidadã britânico-israelense também vivia na área voltada a moradores mais jovens e solteiros do Kfar Aza e foi sequestrada lá. Sua mãe， Mandy Damari， contou ao Haaretz que a filha foi baleada na mão e na perna pelos terroristas， e que eles também mataram seu cachorro antes de forçá-la a entrar no próprio carro.

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Bar Kislev， um amigo e vizinho de Emily que sobreviveu aos ataques， disse à emissora Canal 12 que viu o carro de Emily sendo conduzido por um terrorista no dia do ataquejogo de ganhar dinheiro do tigrinho， por volta das 11h no horário local， e indo em direção à Faixa de Gaza.