Durante a conferência do clima das Nações Unidas de 2021www.tig.777, a COP26, realizada na Escócia, Simon Kofe chamou a atenção de todo o mundo ao discursar de terno e gravata em um vídeo gravado dentro do mar, com a água batendo em seu joelho.
Mais Confiável do BrasilA ideia era mostrar os efeitos que as mudanças climáticas tinham para seu pequeno país do oceano Pacífico, Tuvalu, um dos mais ameaçados pelo aumento do nível do mar.

À época, Kofe era ministro da Justiça, Relações Exteriores e Comunicação da ilha, mas hoje trocou os dois primeiros por Transporte, Energia e Inovação. Por isso, é o responsável por liderar o posicionamento de Tuvalu nas discussões da IMO (Organização Marítima Internacional) sobre como serão feitas as taxações sobre os gases de efeito estufa liberados pelos navios.

Diplomatas dos 176 países-membros da IMO tentam encerrar um embate entre o Brasil e países da União Europeia. Os europeus querem que a taxação ocorra sobre todas as emissões, enquanto o Brasil defende que a cobrança seja feita apenas sobre aquelas que ultrapassarem uma meta pré-estipulada. Nesta semana, representantes dos governos estão em Londres em busca de um consenso.
jogo tigerZA9BET | A Melhor do Brasil — Mais de 4.000 slots, roleta ao vivo e blackjack te esperam na ZA9BET! Registre-se agora. A melhor experiência de apostas online com Super Οdds, Transmissão ao vivo e Cashout.Do lado dos europeus, estão os pequenos Estados insulares em desenvolvimento, vulneráveis às mudanças climáticas. Já com os brasileiros estão os países em desenvolvimento, principalmente do Brics, que alegam que a taxação universal traria custos para a sua economia —no caso do Brasil, nas exportações de soja, petróleo e minério de ferro, os maiores agregados do PIB.
jogar tigertigrinho jogoEm entrevista à Folha, Kofe, que publicou recentemente um artigo sobre o tema, diz que a posição do Brasil é incoerente à medida que o país tenta se posicionar como liderança climática.
fortunetigerEm artigo recente, o senhor afirma que o Brasil deve garantir o sucesso da COP30 ajudando a criar uma taxa sobre os gases emitidos por navios. Acha que a atual posição do Brasil é contraditória em relação à liderança ambiental que o país almeja ter? O Brasil há muito tempo é reconhecido como líder nas negociações ambientais globais e, como anfitrião da COP30 [conferência do clima que será realizada em Belém em novembro], tem a oportunidade de moldar o futuro da ação climática. No entanto, opor-se a uma taxa universal sobre emissões marítimas enquanto defende políticas climáticas ambiciosas cria uma contradição que deve ser abordada.
A IMO engaja o transporte marítimo a fazer uma transição justa e equitativa, que não deixe os países em desenvolvimento para trás. E a proposta para uma taxa de US$ 150 por tonelada de CO2 garante que essa transição seja eficaz e justa, direcionando receitas para nações vulneráveis ao clima.
Em vez de rejeitar a taxa completamente, o Brasil deveria se envolver na formulação de seu modelo para garantir que apoie efetivamente as economias em desenvolvimento.
O senhor menciona que o Brasil deveria liderar o Sul Global nas negociações. Mas isso já não está sendo feito, ainda que para bloquear a taxa universal? A liderança do Brasil no Sul Global é inegável, mas a verdadeira liderança não é sobre bloquear soluções —é sobre moldá-las. A proposta de taxa 6PAC+ [que se refere a todas as emissões] garante que as receitas da taxa serão direcionadas para apoiar a transição energética em nações em desenvolvimento, inclusive o Brasil, para abordar os impactos negativos em economias vulneráveis e para financiar adaptação climática, infraestrutura portuária e iniciativas de transporte marítimo verde.
Se o Brasil realmente busca liderarwww.tig.777, deve trabalhar para projetar esses mecanismos em vez de se opor a eles. Ao alinhar-se com propostas do Brics corre o risco de atrasar ações significativas. O Brasil deveria defender um quadro de compartilhamento de receitas mais forte e justo que beneficie todo o Sul Global.